Página Oficial de José M. M. Santos

The Gardener’s Garden

 

Já vi este livro referenciado em
duas outras publicações portuguesas e, pelo que foi escrito, tenho as minhas
dúvidas sobre se teriam sequer passado os olhos sobre a obra.
É um livro sobre jardins, um guia
sobre jardins de todo o mundo, mas não quer premiar ou escolher os melhores
jardins de cada continente ou país. Este livro é sobre jardins de autor,
jardins que são famosos e merecedores de destaque pelos jardins que são, mas
também pelos seus criadores. Não é o resultado de nenhum concurso, como já li
em outros locais.
Os jardins mencionados são
escolhidos pelos autores e pelos muitos colaboradores que participam nesta obra
de peso. São mais de 250 jardins de todos os continentes exceto a Antártida e
são muito variados. São jardins de vários estilos e que mostram as influências
tanto de designers importantes do passado como de famosos designers contemporâneos.
Jardins históricos, jardins restaurados, colecionadores de plantas ou
simplesmente jardins particulares que hoje em dia são considerados importantes
jardins de autor.
Cada jardim é retratado por
algumas fotos (3 a 4 em média) e uma descrição breve que começa com os nomes
dos criadores dos jardins, o século em que foi construído, o tamanho, o tipo de
clima onde se insere e as suas características principais. Segue-se uma coluna
de texto com as principais referências a assinalar em cada jardim e a legenda
das fotos.
No final, o livro apresenta-nos
ainda um Glossário, uma lista de Exposições e Festivais de Jardins, Clubes e
Associações de Jardinagem, uma bibliografia aconselhada para quem queira
aprofundar mais sobre algum tema ou jardim e um diretório e lista de websites
sobre jardins.
Resta salientar que podemos
encontrar cinco jardins portugueses nesta obra: o Parque de Serralves (Porto),
a Quinta da Regaleira (Sintra), o Jardim do Palácio dos Marqueses da Fronteira
(Benfica, Lisboa), o Jardim Terra Nostra, (São Miguel, Açores) e a Quinta do
Palheiro (Funchal, Madeira).

 

É um livro onde nos perdemos a
viajar e muito útil para tirar pequenas ideias que podemos adaptar às
realidades de cada um. Na introdução, uma das autoras cita o falecido designer
de jardins inglês, Russel Page, ao afirmar que “qualquer aventura de jardinagem
começa com observação, observação e mais observação”. Um jardim sem planeamento
e sem o estudo do que o rodeia é um jardim condenado. Os jardins que este livro
nos apresenta vivem para além dos seus autores e têm todos algo em comum: a
paixão pela natureza, pelas plantas e por jardinagem.

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