Página Oficial de José M. M. Santos

Orquídeas no Equador 2

Vulcão Antisana

Sempre com o vulcão Antisana no horizonte, subimos um pouco mais de altitude a caminho da cidade de Quito. Passada meia hora o nosso guia, o Alex, da Ecuagenera, mandou parar o autocarro.

– Aqui hay orquídeas!

A paisagem era desoladora, literalmente um monte de pedras vulcânicas cobertas de musgos e plantas rasteiras.

– Aqui hay orquídeas? – duvidei.

– Si, algunas especies. – E fomos procura-las.

Só alguns do nosso grupo se aventuraram a andar pelas pedras. Tínhamos que ter cuidado onde púnhamos os pés porque por vezes, debaixo do musgo havia pedra (e aí era seguro), de outras vezes não havia nada e enfiávamos a perna num buraco.

O facto de estarmos a 4400 m de altitude também não ajudava porque nos custava a respirar e ficávamos sem fôlego a cada dois ou três passos. Já ouviram a canção “Passito, passito, suave, suavesito…”? acredito que tenha sido escrita no cimo de um vulcão. Um passo de cada vez e devagarinho, era assim que andávamos.

Mas as orquídeas não demoraram a aparecer.

 

 

 

Cyrtochilum ramosissimum

 

De início, só os olhos experientes do nosso guia detectavam as orquídeas no meio do mato rasteiro.

 

Os Elleanthus sp já tinham terminado a época de floração e estavam cheias de cápsulas de sementes. Eram às centenas.

 

Ainda encontramos duas florinhas de Elleanthus mas já meio secas.
“Passito, passito… suave, suavesito” lá fomos saltando de pedra em pedra e de vez em quanto lá se ouvia gritar “Aqui está uma!!”

 

Pleurothallis antenifera

 

Pleurothallis antenifera com duas flores na mesma folha.

 

Uma forma escura de Pleurothallis bivalvis.

 

Pleurothallis bivalvis muito negra. Um achado.

 

 

Muitos Epidendrum também, mas infelizmente já tinham terminado a floração e estavam repletos de cápsulas de sementes.

 

Algumas das cápsulas de Epidendrum já estavam maduras e o vento espalhava as finas sementes.

O futuro está assegurado.

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