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Dendrobium nobile ‘Yamamoto’

Com flores muito coloridas, estes Dendrobium, chamados de “tipo nobile”, são híbridos resultantes de um grande trabalho de cruzamento e seleção de Dendrobium.

Dendrobium nobile ‘Sunny Eyes’

Jiro Yamamoto começou a sua história com os Dendrobium após a 2ª Guerra Mundial, com 24 anos. Apesar de trabalhar na produção agrícola do seu pai, no cultivo de arroz e trigo, que eram essenciais nos pós-guerra, quando havia uma grande escassez de alimentos, conseguiu ter a visão de que, algum dia, a vida iria ser melhor e as pessoas já não iriam ter de se preocupar com os alimentos e começariam também a dar mais valor a outros produtos, menos importantes e mais ligados à beleza, que os fizessem sentir bem e que pudessem exibir… como as flores.

Dendrobium nobile ‘Akatsuki’

E assim começou a interessar-se por orquídeas, pelos Dendrobium, e começou a cultivá-las numa pequena estufa de madeira, nos intervalos do seu trabalho na agricultura. Numa época em que os preços das orquídeas as tornavam plantas de uma elite muito restrita, o seu objetivo era conseguir melhorar as plantas com cruzamentos, de modo a torná-las mais apetecíveis, mais resistentes e mais baratas. “Quero decorar as janelas de todo o mundo com bonitos Dendrobium.”, afirmava.

Dendrobium nobile ‘Oriental Smile’

E foi o trabalho de uma vida com cerca de 70 anos dedicados às orquídeas e à sua empresa, a Yamamoto Dendrobiums. Jiro Yamamoto faleceu em 2022 com 95 anos e o seu trabalho foi tão importante que 80% dos híbridos cultivados atualmente foram criados por ele. Durante a sua vida fez mais de 4000 cruzamentos e tem na lista de híbridos da Royal Horticultural Society (RHS) mais de 600 variedades registadas com o seu nome. A qualidade e superioridade dos seus híbridos é reconhecida no mercado global e são conhecidos como Dendrobium “tipo Yamamoto” ou Dendrobium Yamamoto, como se fossem um grupo separado de Orquídeas.

Dendrobium nobile Fairy Moon ‘Sweetie’

Também os Dendrobium “tipo nobile” que encontramos à venda no nosso país, a maior parte cultivados na Holanda, são variedades desenvolvidas por Jiro Yamamoto e vendidas para todo o mundo.

Caracterizam-se por serem plantas fortes, com pseudobolbos alongados e eretos, chegando aos 30 cm, com folhas verdes e arredondadas, as flores crescem junto aos pseudobolbos em grupos de 2 a 5 flores, ronda os 7 cm de diâmetro e podem ser encontradas numa grande variedade de cores, entre brancos, amarelos, laranjas e várias tonalidades de rosa.

Dendrobium tipo nobile

O método Yamamoto de cultivo coloca as plantas em três etapas de cultivo:

A primeira, quando são pequenas plântulas e são cultivadas em pequenos vasos de 5 cm, normalmente só em musgo. Este período vai até ao desenvolvimento de um segundo pseudobolbo. Sempre temperaturas acimas dos 18ºC e humidade alta.

A segunda etapa, após o reenvasamento para um vaso de 8 cm, com fibra de coco ou uma mistura para epífitas (fibra de coco + casca de pinheiro fina) e quando o novo pseudobolbo cresce até ao desenvolvimento máximo, deixando de ter folhas no topo, e ficando pronto a florir. As plantas devem ser mantidas sempre acima dos 18ºC, com luz intensa sem sol direto e regas com fertilizante de crescimento, rico em azoto. No segundo ano da planta esta irá desenvolver mais um ou mais pseudobolbos. Deveremos retirar os mais pequenos e dar a nossa máxima atenção ao mais desenvolvido.

A terceira etapa será a preparação da planta para iniciar a floração. Nesta fase a planta deverá ter 3 pseudobolbos de tamanhos diferentes, o primeiro, mais pequeno e sem significado para a floração, os dois seguintes já maiores, principalmente o último. Após o crescimento total dos pseudobolbos, até não terem mais folhas apicais (no topo do pseudobolbo), as plantas estão prontas para florir.

Dendrobium Ingrid ‘Anaranjado’ (Ecuagenera)

Para estimular a floração deverá haver uma descida de temperaturas, durante 25 noites, abaixo dos 13ºC. As regas também deverão ser reduzidas nesta temporada mais fria. Após este período, as plantas devem ser colocadas novamente num local em que as temperaturas mínimas fiquem pelos 18ºC e as máximas nos 25ºC, voltam-se a aumentar as regas e a fertilização deverá ser com menos Azoto e com maior percentagem de Fósforo e Potássio.

Se tudo correr bem, as nossas plantas deverão estar floridas daí a 50 dias.

Para uma melhor apresentação e efeito visual, é frequente a junção no mesmo vaso ou taça, de plantas em botão que, ao abrirem as suas flores em simultâneo, resultam num espetacular arranjo, muito colorido e muito decorativo.

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