Sempre com o vulcão Antisana no horizonte, subimos um pouco mais de altitude a caminho da cidade de Quito. Passada meia hora o nosso guia, o Alex, da Ecuagenera, mandou parar o autocarro.
– Aqui hay orquídeas!
A paisagem era desoladora, literalmente um monte de pedras vulcânicas cobertas de musgos e plantas rasteiras.
– Aqui hay orquídeas? – duvidei.
– Si, algunas especies. – E fomos procura-las.
Só alguns do nosso grupo se aventuraram a andar pelas pedras. Tínhamos que ter cuidado onde púnhamos os pés porque por vezes, debaixo do musgo havia pedra (e aí era seguro), de outras vezes não havia nada e enfiávamos a perna num buraco.
O facto de estarmos a 4400 m de altitude também não ajudava porque nos custava a respirar e ficávamos sem fôlego a cada dois ou três passos. Já ouviram a canção “Passito, passito, suave, suavesito…”? acredito que tenha sido escrita no cimo de um vulcão. Um passo de cada vez e devagarinho, era assim que andávamos.
Mas as orquídeas não demoraram a aparecer.
O futuro está assegurado.