Quando falamos de Orquídeas, a imagem que normalmente visualizamos, é a de uma planta do género Phalaenopsis. Pela sua popularidade como planta de interior, estas são também as Orquídeas mais cultivadas e vendidas em todo o mundo. Na natureza, existem entre 60 e 70 espécies, mas são vários milhares os híbridos resultantes de cruzamentos criados pelo homem.
O nome quer dizer “semelhante a uma borboleta”, juntando duas palavras vindas do grego, Phalaina (borboleta) e Opsis (semelhante a). A primeira Phalaenopsis descrita e classificada taxonomicamente foi a Phalaenopsis amabilis, em 1825, pelo botânico alemão-holandês Karl Ludwig von Blume.

São plantas que no seu habitat natural, em florestas desde os Himalaias, em vários países e ilhas do continente asiático e no norte da Austrália, são encontradas a crescer de forma epífita, agarradas a árvores, e também como litófitas, com as raízes que aderem a rochas.
A planta é composta por folhas grossas, elípticas e oblongas que crescem alternadamente ao longo de um rizoma vertical. As raízes são grossas pois são cobertas de um material esponjoso, aderente e absorvente denominado de velame.
Entre as folhas, junto à sua base, desenvolvem-se as hastes florais, longas, com cerca de 0,5cm de espessura e ao longo das quais se vão desenvolvendo as flores. A época de floração principal é o início da Primavera, mas nos ambientes aquecidos das nossas casas, podem florir em qualquer altura do ano e habitualmente duram vários meses em flor.

No que diz respeito ao cultivo considera-se qualquer Phalaenopsis uma orquídea de ambiente quente, devendo ser cultivadas num intervalo entre 16ºC de mínima (no Inverno e durante o período noturno) e os 28ºC de temperatura máxima (na estação e período do dia mais quente). Fora deste intervalo, algumas Phalaenopsis podem sobreviver, mas o seu desenvolvimento e as florações podem ser afetados. Qualquer orquídea não deve estar sempre à mesma temperatura, diferenças entre o dia e a noite e mesmo entre estações são necessárias, estimulam o crescimento e a floração, mas não convém sair dos parâmetros mencionados.

As Phalaenopsis desenvolvem-se melhor cultivadas num vaso de plástico transparente onde as raízes da planta possam também receber alguma luz. No entanto, podem também ser cultivadas em outros tipos de vasos ou cestos ou mesmo fixas em troncos ou placas de cortiça. O substrato pode variar, dependendo do modo como as cultivamos, mas uma mistura de casca de pinheiro com fibra de coco, ou uma mistura já preparada para orquídeas epífitas é o ideal. Em montagens utiliza-se musgo de esfagno.
O substrato das Phalaenopsis deve ser mudado a cada 2 anos, sempre a seguir à floração.
As regas devem ser semanais ou, nos períodos mais quentes, duas vezes por semana. A água deve ser o mais pura possível, a água da chuva é a ideal, e em cada rega alternada, devemos diluir na água de rega um fertilizante próprio para orquídeas. Devemos molhar bem as raízes, mas deixar o vaso escorrer bem para não ficar água acumulada. Não se coloca água no pratinho debaixo do vaso, a água deve atravessar o substrato, molhar as raízes e se ficar alguma água no pratinho, esta deve ser despejada passados 10 minutos para evitar que as raízes apodreçam. Nos dias mais quentes podemos borrifar levemente as folhas pela manhã de modo que fique alguma humidade na planta e no ar.
A planta deve ser colocada num lugar com boa luz, mas sem sol direto.
